quinta-feira, 14 abril, 2011 12:23
O
gerenciamento das cidades precisa ser coletivo
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Pedro
Reis/FarolCom |
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O ponto onde estamos,
mostra claramente a falência dos métodos para
preservar a segurança, o transporte coletivo, a saúde,
a educação.
Vou começar hoje
uma série de ponderações sobre o funcionamento
da cidade e espero contar com colaborações
de todos os níveis.
Ideias são bem
vindas, mas a ação é mais, muito mais
bem vinda, porque não é necessário
esperar a tutela de ninguém para promover mudanças
positivas no meio social em que vivemos.
Nas grandes cidades,
excesso de gente, dificulta a manutenção dessas
políticas públicas, nas de médio e
pequeno porte inviabiliza economicamente. Em ambos os casos
a questão é que muita gente fica de fora.
Ações
pontuais resolvem alguns problemas por um período
de tempo, em geral muito curto e eu fico com uma impressão
de Brasil "em construção". Uma tribo
que só tem cacique.
Atitudes que só
são tomadas depois que as coisas acontecem, falta
de sincronia, de políticas que se completem nas três
esferas de governo em conjunto com a sociedade e penosamente
impregnadas de interesse político e econômico,
na maioria das vezes discordantes.
Falta-nos o sentido
de pátria, de bem comum. Não é generalizado
como possa parecer a princípio, mas é bem
enraizado no nosso comportamento.
Na minha leitura isso
se chama desmobilização social, crença
exacerbada de que a responsabilidade de tudo é do
Estado e o cidadão ou súdito, o usufrutuário
inconteste de todas as benesses.
O pagamento de impostos
serviria para isso, mas as pessoas em geral, transferem
todas as obrigações para o ente gestor. No
Brasil isso significa, desperdício de água,
acondicionamento indequado do lixo, apropriação
de calçadas, vandalismo nos bens públicos
e furar fila em todas as oportunidades, do supermercado
ao trânsito, passando por bancos, hospitais e assemelhados.
"O ignóbil jeitinho".
Só o
governante não dá conta de tudo
Se o país fôsse a sua casa e um dos membros
trabalhasse, outro se ocupasse de manter toda a infraestrutura
e os demais quatro, cinco ou seis membros da família,
ficassem de braços cruzados, esperando, roupa lavada,
comida e conforto, transporte, remédio e lazer, haveria
um esgotamento do modelo. Pense nisso metaforicamente e
continue lendo. Pense também em quanto tempo esse
modelo poderá vigorar sem causar estrangulamento
ou ineficácia.
Eu espero sinceramente
que você participe junto conosco e se beneficie individual
e coletivamente de soluções conjuntas que
possamos encontrar.
O primeiro tema será
o transporte coletivo, e já estamos recolhendo informações
para colocar todas aqui.