quinta-feira, 9 maio, 2013 11:05
Anastasia
reafirma importância da revisão do pacto federativo
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Agência
Minas |
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concentração de recursos nos cofres da
União é tão alta que não
consegue dar respostas às diversas demandas da
população nos estados e municípios
brasileiros |
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Revisão
do pacto federativo vai beneficiar diretamente os cidadãos,
afirma Anastasia. Palavra do Governador desta semana mostra
como o tema que entrou na agenda política de todo
o país pode melhorar a qualidade dos serviços
públicos
A concentração de recursos nos cofres da União
é tão alta que não consegue dar respostas
às diversas demandas da população nos
estados e municípios brasileiros. Com cerca de 70%
de tudo o que é arrecadado de impostos, o Governo
Federal centraliza competências e impede que os outros
entes da Federação possam realizar mais ações
em benefício do cidadão.
O
Palavra
do Governador desta semana destaca um
tema que vem ganhando destaque na agenda política
do país, sobretudo de governadores e prefeitos: a
revisão do pacto federativo.
Veja
a entrevista
e o vídeo do Palavra do Governador
De
acordo com o governador Antonio Anastasia, este é
um tema muito importante e muitas pessoas não percebem
a sua relevância no dia a dia dos brasileiros. “O
Brasil é uma Federação, o que significa
que nós temos o Governo Federal, governos estudais
e governos municipais, as chamadas prefeituras. Cada um
deve ter autonomia, cada um deve ter competências,
as suas atribuições. E, ao longo das últimas
décadas, lamentavelmente, as atribuições
e os poderes dos estados e dos municípios foram extremamente
diminuídos e concentrados na esfera federal pelo
Executivo, Legislativo e Judiciário, no âmbito
da União”, ele explica.
Para o governador mineiro, o pacto federativo pressupõe,
na sua revisão, a devolução de uma
maior autonomia para os estados e municípios, de
tal modo que os governos estaduais e municipais, que estão
mais próximos do cidadão, possam realizar
mais e, para isso, ter mais recursos financeiros e atender
melhor ao cidadão nas áreas das suas competências.
Segundo ele, o modelo atual de Federação brasileiro
é distorcido porque está muito concentrado
na esfera federal. “As outras nações
do mundo que são também federações
– como os Estados Unidos, o Canadá, a Austrália
e a Alemanha, por exemplo – prestigiam muito os seus
estados e os seus municípios”, compara.
Essa questão entrou na pauta da política nacional
em 2013, quando os governadores dos estados se reuniram
em Brasília com os presidentes da Câmara e
do Senado para discutir o assunto. Os prefeitos, além
de diversas lideranças políticas regionais,
também estão se mobilizando em torno da causa.
Para Anastasia, a mobilização tem que ser
conjunta e de toda a sociedade, já que, segundo ele,
uma maior autonomia dos entes federados vai ter como resultado
mais benefícios para o cidadão.
“No momento em que o cidadão de uma cidade
pequena reclama - e reclama com razão - que quer
melhorar a sua saúde, quer melhorar a educação
e a segurança pública, ele está falando
do pacto federativo. Por quê? Porque no momento em
que o estado e o município tiverem mais recursos
financeiros para alocar, para colocar dinheiro na melhoria
dessas políticas ou desses serviços públicos,
certamente o cidadão vai se beneficiar. O Governo
Federal acaba ficando, no dia a dia, mais distante das necessidades
das pessoas, e essa concentração não
é boa para o Brasil. O Brasil é um país
muito grande, que tem que ser mais descentralizado. Quanto
mais perto a solução do problema estiver do
próprio problema, é claro que nós seremos
mais eficientes”, afirma o governador.
Um exemplo de centralização de recursos nas
mãos da União, que tem prejudicado o desenvolvimento
do país, são as rodovias federais. Apesar
de ter mais recursos, por uma questão de gestão,
a União não tem conseguido melhorar as rodovias
federais que cortam Minas Gerais. A rodovia BR-381, por
exemplo, que liga a capital mineira a Governador Valadares,
aguarda há anos sua duplicação. Ela
é hoje conhecida como ‘rodovia da morte’.
“As rodovias federais que atravessam tantos problemas
pelo Brasil afora, se fossem estadualizadas - como, aliás,
já foi solicitado no passado - nos permitiriam ter
sobre elas um gerenciamento, um acompanhamento, uma conservação
melhor”, afirma o governador.
Governo de Minas descentraliza gestão
Quando o assunto é descentralização,
Minas mais uma vez se torna exemplo. O Governo do Estado
lançou, em 2011, a Gestão para a Cidadania,
na qual a participação dos municípios
e do cidadão é fundamental para definir as
prioridades da região. Além disso, por meio
de convênios e parcerias, o Governo do Estado transfere
recursos para os municípios para que as ações
sejam desenvolvidas de maneira mais ágil, de forma
a beneficiar verdadeiramente a vida do cidadão mineiro.
“Eu mesmo digo sempre que quando há uma obra
é muito melhor que ela seja feita pelo município,
que faz mais rápido e mais barato. O prefeito, a
autoridade local, está muito mais próximo
do problema e, portanto, da sua solução, pois
conhece melhor aquela determinada situação.
Então, todos os nossos programas são municipalizados.
Eu posso aqui dar o exemplo do Programa Travessia, um grande
programa social do Governo de Minas que, ao longo dos últimos
anos, já beneficiou 239 municípios, com investimentos
de mais de R$ 1 bilhão alocado e 3 milhões
de mineiros beneficiados. O Travessia é muito positivo,
exatamente porque vai especialmente nas pequenas cidades,
disponibiliza o recurso para o prefeito que, por sua vez,
faz a sua ação localizada na área social
do seu município”, conclui Anastasia.
via
Agência Minas
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