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Valter
Campanato/ABr |
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O
ministro da Saúde, José Gomes Temporão,
divulga o primeiro caso de morte no Brasil pela gripe
suína: um gaúcho, de 29 anos, que contraiu
a doença na Argentina e morreu hoje de manhã,
no Rio Grande do Sul, de insuficiência respiratória |
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Brasil confirma
primeiro óbito por Influenza A (H1N1)
domingo, 28 junho, 2009 17:01
Paciente gaúcho
esteve na Argentina e faleceu na manhã deste domingo.
Ministério da Saúde garante que medidas preventivas
são suficientes e serão mantidas
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão,
confirmou hoje (29) a primeira morte relacionada ao vírus
Influenza A (H1N1) no País. Trata-se de uma pessoa
adulta do Rio Grande do Sul, que esteve na Argentina por
sete dias. Nesse domingo, foram confirmados 36 novos casos
da doença. Com isso, agora são 627 casos confirmados
da nova gripe no Brasil.
Desses, quase todos
já tiveram alta ou estão em recuperação.
“No Brasil, a
doença continua limitada e sem sustentabilidade”,
afirmou o ministro. “Isso significa que, até
agora, somente foram registrados casos no Brasil de pessoas
que viajaram ao exterior ou que tiveram um contato próximo
com elas”, completou. Temporão frisou que há
uma percepção, em todo o mundo, de queda da
letalidade relacionada ao novo vírus – atualmente,
na faixa de 0,4%. No Brasil, a taxa de letalidade é
de 0,16%.
Diante do primeiro óbito no País, Temporão
reiterou que o Ministério da Saúde, em conjunto
com as secretarias estaduais e municipais de saúde,
“tem feito tudo o que é necessário para
evitar que a doença se espalhe e que outros óbitos
venham a ocorrer, garantindo a segurança da população.
As medidas continuam seguindo a mesma linha traçada
desde o início da execução do plano
de contingência”.
O ministro afirmou também que o Ministério
da Saúde se antecipou a todas as recomendações
da Organização Mundial de Saúde e seguiu
rigorosamente as suas orientações e que o
País conta com estrutura adequada para atender à
demanda da população.
Além da morte ocorrida hoje, o Ministério
da Saúde acompanha mais um caso de paciente que inspira
cuidados. Está sendo investigada a morte, na última
sexta-feira, de um paciente norte-americano no RS. Segundo
a secretaria estadual de saúde, exames preliminares
revelaram que não há evidências de que
a causa da morte tenha sido o vírus H1N1. Os resultados
finais devem sair até amanhã. De acordo com
as informações divulgadas pelo Ministério
da Saúde, atualmente, no Brasil, a maior parte dos
casos é leve e tem evoluído para a cura.
Temporão também ressaltou a necessidade de
cuidados básicos, como lavar bem as mãos com
freqüência, evitar compartilhar pratos, talheres
e alimentos, cobrir a boca e o nariz ao tossir e espirrar,
para evitar contato com secreções.
AUMENTO - O ministro afirmou que o esse cenário era
esperado porque houve aumento do número de países
com casos confirmados, tanto é que a Organização
Mundial de Saúde alterou o nível de Emergência
de Saúde Pública de Importância Internacional
de nível 5 para nível 6 no último dia
11 de junho, caracterizando, assim, a pandemia. Hoje, no
mundo, são 114 países, com 71.320 casos confirmados
da doença e 320 óbitos.
Temporão também atribuiu o crescente de notificações
ao aumento também do número de viajantes,
em período de feriado e férias, para os países
com transmissão sustentada do vírus. Segundo
a OMS, são eles: Estados Unidos, México, Canadá,
Chile, Argentina, Austrália e, nos últimos
dias, também o Reino Unido.
Além disso, teve início do inverno no hemisfério
sul, quando os casos de gripe, não só da Influenza
A (H1N1), crescem. O ministro informou que, na semana passada,
a diretora-geral da Organização Mundial de
Saúde anunciou que não há evidências
de que o vírus A (H1N1) esteja se misturando geneticamente
a outros, o que é compatível com a baixa letalidade
observada atualmente. A queda mostra também que os
tratamentos disponíveis têm surtido efeito
para a maior parcela dos infectados.
“No entanto, como a doença é nova, ainda
devemos acompanhar a evolução da letalidade,
até porque esse índice é variável
de país a país”, disse Temporão.
Agência
Saúde
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